Friedrich Nietzsche - O Anticristo

19 de out. de 2008


Tìtulo Original: Der Antichrist
Tìtulo em Português: O Anticristo
Ano de lançamento: 1895
País: Alemanha
Comentário: O Anticristo é uma obra em que Nietzche destila todo o seu veneno contra a religião cristã. Ateu convicto, movido pelo grande desprezo pelo sentimento religioso, o autor se empenha em provar que a religião cristã foi o maior disastre ocorrido no mundo ocidental e em todas as partes de globo onde essa religião foi exportada.
O Anticristo é um grito veemente e mesmo feroz de um ateu. Para oa ateus, deve ser um livro interessante; para os indiferentes em questões de religião, deve ser um livro igualmente indiferente; para os não-cristãos tolerantes em confronto com as demais religiões deve representar um livro a ser lido com criteriosa deconfinça sem muito entusiasmo; para os cristãos, deve parecer um livro escandaloso, pérfido, malcriado, produto de um pensador que leva até os limites impensáveis seu ódio contra uma religião; para os fanáticos de qualquer outra religião que não a cristã - que é aqui a grande vítima - para os fanáticos, para eles não há espaço disponível para expor neste local sua eventual e incógnita, mas presumível, reação; nem deveria haver em qualquer outra publicação, porquanto eles, como fanáticos, fogem dos limites do pensar, do agir e do crer.
Quem destruiu o império romano? Os cristãos. Quem colocou no ostrracismo todas as conquistas culturais e científicas dos gregos e dos romanos? O cristianismo. Quem é responsável pela decadência, e pelo declínio do mundo? O cristianismo. A maior corrupção moral, filosófica e política de que se tem notícia é o cristianismo. Nem é necessário dizer mais. Aproveitem! ^^

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2 comentários:

Um cara aê disse...

Nietzsche não era um "ateu convicto", e ele não tinha "desprezo pelo sentimento religioso", embora defenda, isso sim, que o cristianismo tenha sido "o maior dEsastre que tenha ocorrido no mundo ocidental".
Ser ateu e não ser cristão são coisas bem diferentes.
Nietzsche era um niilista (sua filosofia se baseava no niilismo, aliás), algo que por si só o faz incompatível com as religiões de origem judaica e suas subdivisões, mas não incompatível com "o sentimento religioso", isto é, com qualquer religião.
Aliás, não é que ele seja "anticristão", propriamente. Na verdade, sua filosofia trata mais de uma crítica da moral que de uma crítica da religião em si e seus preceitos.
O que ele defende como "a morte de Deus" é justamente o fato de que a civilização ocidental do século XIX já não acredita mais em Deus e, portanto, já não possui um alirce sólido para a sua moral cristã. Isto leva o homem ao niilismo e a ausência de valores. Isto, por sua vez, leva o homem a viver em agonia, beirando o desespero, pela ausência de qualquer sentido a que sua existência chegou.
Nietzsche aposta (meio cético, na verdade) que, para sair desse estado de desespero, o homem irá criar novos valores a que se apegar. Estes novos valores, para ele, não devem se basear em preceitos religioso e sim na vida em si.

Outra coisa, eu recomendo altamente que vocês estudem um pouco mais e revisem esse ultimo parágrafo (sobre a queda do Império Romano, até o "aproveitem"), porque chega a ser ridículo.

Desculpem os ares de arrogância mas... caramba... não sejam tão negligentes quanto as várias perspectivas sobre os vários assuntos abordados. As coisas não são tão simples assim.

O mesmo cara de antes disse...

*Estes novos valores, para ele, não devem se basear em preceitos religiosoS e sim na vida em si.


Foi mal o errinho ali. ^^