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Código da Vida - Saulo Ramos

23 de jan. de 2010


Título Original: Código da Vida
Ano: 2007
País: Brasil
Comentário: Em Código da Vida, a pretexto de contar, com todos os detalhes, um caso curiosíssimo que viveu como advogado, Saulo Ramos entermeia essa história de suspense absolutamente verídica com sua história de vida, desde a infância nas cidades paulistas de Brodowski e Cravinhos, até os dias de hoje. Desobedecendo todas as obviedades da estrutura tradicional das biografias, Saulo Ramos constrói uma obra de qualidade espantosa, seja pela riqueza vocabular de sua linguagem, seja pela maestria com que utiliza os recursos literários de uma narrativa. Mas, como se isso não bastasse, a vida de Saulo Ramos tem ingredientes dignos das mais importantes biografias já publicadas no Brasil. Como o menino do interior chegou a Consultor Geral da República?

Álvares de Azevedo - Noite na Taverna

29 de set. de 2009


Título Original:Noite na Taverna
Ano: 1855
País: Brasil
Comentário: Noite na Taverna é uma obra de Álvares de Azevedo publicada postumamente no ano de 1855 em uma coletânea de textos do autor em dois volumes. De tons trágicos e cheia de fantasia, a obra é uma autêntica representante da escola byroniana do Romantismo no Brasil.
O livro está dividido em sete capítulos. O primeiro capítulo faz uma introdução, traça o cenário (uma taverna) e apresenta os personagens. O último finaliza a história anterior e o livro simultaneamente, dando um caráter de realidade às histórias narradas pelas cinco personagens. O diálogo inicial entre Satã e Macário, que é o final de outro livro de Álvares de Azevedo, Macário, demonstra que o que se vai ler é algo cheio de vícios. Além disso, uma característica da obra é a visão idealizada do amor, pois só o amor seria capaz de corrigir todos os males.
Reunidos em uma taverna, as personagens, descrentes com a vida e o amor, cheios de vícios e amantes do vinho, definem-se como libertinos, admiram Don Juan e contam "histórias sanguinolentas" envolvendo o amor e crimes do passado, todas com fim trágico. Representação de que o amor e a vida não valeria.

Álvares de Azevedo - Macário


Título Original: Macário
Ano: 1852
País: Brasil
Comentário: Macário é uma peça teatral escrita por Álvares de Azevedo pouco antes de morrer em conseqüência da tuberculose, e logo depois de ter sonhado um encontro seu com satã. O livro foi publicado em 1852 e denuncia questões sociais. Este livro revela bastante ligações com o Romantismo, movimento literário da época. Através da obra, revela sentimentos presentes nos românticos através de fatos vivenciados pelos personagens.

A Rosa do Povo - Carlos Drummond de Andrade

29 de set. de 2008

Resenha:

Publicado originalmente em 1945, A ROSA DO POVO, revela, em grande parte de seus poemas, a plena maturidade do poeta Drummond, representando o auge de um processo que tem suas origens em Sentimento do Mundo, seu livro anterior. Em contraponto a uma realidade de guerras e genocídio e à ditadura do Estado Novo, A ROSA DO POVO surge trazendo a solidariedade entre os homens e a busca de uma identidade particular em um mundo em crise como temas principais.
Considerado pela crítica como um dos livros mais fortes e significativos de Carlos Drummond, A ROSA DO POVO, possui uma riqueza inigualável de ritmos e harmonia em seus versos, atingindo a oralidade de um poema que poderia ser lido em praça pública. "Não rimará sono com outono", diz o poeta em um de seus versos, recusando assim a obrigação da rima com belíssimos versos livres.
Alguns poemas de A ROSA DO POVO como Retrato de Família e Rua da Madrugada, revelam um Drummond mais voltado para si, em plena maturidade poética. Essa característica, que também mostra o poeta mais ligado à família e à sua terra, explica o porque da rua universal de Itabira, sua cidade natal, que começa na própria e termina em qualquer lugar do mundo, como explica em um de seus poemas. Pela rua do poeta passam índios, negros, mexicanos, turcos e uruguaios, comprovando sua universalidade.
O tom dos poemas de A ROSA DO POVO é nitidamente mais metafísico que de seus livros anteriores, estando a poesia menos ligada ao presente e mais interessada na essência da vida. Apesar da aparente contradição inicial, onde predomina a abordagem de temas políticos, a opção do poeta acaba ficando nítida quando adquire a consciência de que a poesia se faz principalmente com a palavra, e não com fatos, e escolhe uma causa superior a um partido ou à uma ideologia - essa causa é o homem.
O conflito de Drummond em A ROSA DO POVO é o mesmo de qualquer ser humano: "Eu versus Mundo", como ele mesmo diz, é a circunstância que provoca uma reflexão poética sobre o indivíduo. A obra do poeta acaba descrevendo a trajetória de um personagem gauche, o próprio autor, em três atos, que se seguem:

Eu maior que o Mundo
Eu menor que o Mundo
Eu igual ao Mundo

A ROSA DO POVO é um livro crucial na obra de Carlos Drummond de Andrade e sua releitura revela a permanente contemporaneidade de sua poesia.

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